Dispraxia global e dificuldades na comunicação e linguagem 

Há uma grande relação entre dispraxia global e dificuldades na comunicação e linguagem. E é por isso – e por tantos outros motivos – que eu insisto tanto no fato de que fonoaudiólogos precisam dominar o desenvolvimento global. Vamos lá…

O que acontece quando um bebê é exposto a uma banana? Ele toca (tato), cheira (olfato), come (gustação), vê cor e dimensão (visão), sente o peso (propriocepção) e ouve o adulto dizendo “banana” (audição). 

O cérebro integra todas essas informações e armazena as memórias disso, associando-as à palavra “banana”. Isso é a construção do léxico: a expansão do vocabulário. 

Portanto, a linguagem é, basicamente, a transformação de experiências sensoriais em informação linguística. Em crianças com TEA há duas falhas: o déficit na coerência central (a capacidade de juntar, integrar as informações) e os déficits sensoriais. 

Consequentemente, há uma imensa dificuldade de construção do vocabulário (a base do resto do desenvolvimento da linguagem). Somado a isso, há os déficits atencionais.

Elas não selecionam os estímulos relevantes e acabam perdendo as principais oportunidades de aprendizagem). O resultado são os déficits na comunicação receptiva e, consequentemente, os déficits na capacidade expressiva.

Por isso, sem conhecer a base do desenvolvimento não se pode fazer um bom trabalho específico.

Um dos mais importantes sinais precoces do TEA

A falta de intenção comunicativa em um bebê entre 9 e 18 meses (fase pré linguística) é um dos mais importantes sinais de risco para o TEA. A maioria dos pais acaba notando somente – e bem mais tarde – a falta da fala, que é somente um dos produtos da linguagem.

Calma, eu explico. A linguagem envolve as capacidades de entender (receptiva) e de se expressar (expressiva). Por meio dela, expressamos o que sentimos e pensamos, transformando em um “produto”, que pode ser escrito, oral (fala) ou gestual, por exemplo.

Assim, de forma geral, um bebê com TEA tem um déficit importante nessas habilidades comunicativas anteriores à fala, como balbucios e gestos. Uma intervenção precoce nunca fará mal à criança, mas, ao contrário, pode evitar muitas futuras dores de cabeça.

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